segunda-feira, 11 de março de 2013

Emília Freitas


Emília Freitas (Dª)—Filha do Tenente-coronel Antônio José de Freitas e de Dª Maria de Jesus Freitas, nasceu em Aracati a 15 de Janeiro de 1855, e em uma aula pública dessa cidade recebeu a instrução primária. Com a morte do pai em 1869 na vila, à época cidade da União, hoje Jaguaruana, retirou-se para Fortaleza entregando-se então ao estudo das línguas inglesa e francesa e da geografia. Em 1885 frequentou a Escola Normal de Fortaleza.
Desde dezembro de 1892 Emília Freitas, acompanhando um irmão, Alfredo Freitas, transferiu a residência para Manaus, capital do florescente Estado do Amazonas e aí exerceu o cargo de professora do Instituto Benjamin Constant, estabelecimento que funciona às expensas do governo estadual e que é destinado à instrução primária e secundária de meninos, até 1900, quando voltou ao Ceará acompanhando seu marido, o jornalista Arthunio Vieira, que foi redator do Jornal de Fortaleza. Voltando de novo a Manaus, aí faleceu a 18 de agosto de 1908.
Colaborou a contar de 1873 em vários jornais da antiga província, como o Libertador, Cearense, O Lyrio, A Brisa, sendo os dois últimos exclusivamente literários, e no Amazonas Commercial e Revelação, do Pará.
Muitas de suas poesias esparsas pelas colunas dos citados jornais, e outras foram por ela colecionadas num volume, a que deu o titulo Canções do lar, Fortaleza, Typ. Universal, Rua Formosa 38, Cunha, Ferro & Cª, 1891, 310 pp., com uma introdução sob o título Aos censores.
Em 1899 publicou A Rainha do Ignoto (romance psicológico), in 8º de 456 pp., saído da mesma typografia. É de sua pena também o romance O Renegado.
Dª Emilia Freitas era bisneta de Damião Pereira de Oliveira, que foi casado com Dª Maria Magdalena Ferreira de Mello, filha de Antônio Ferreira de Mello, de Goyanna, e de Dª Isabel da Rocha Maciel, e neta paterna de Raphael Ferreira de Mello e de Dª Maria Maciel e materna de Manoel Duarte da Cruz e de Dª Isabel da Rocha Maciel, portugueses.
Damião Pereira foi irmão de Cláudio Pereira de Oliveira (bisavô de Mons. Bruno de Figueredo), de Vicente Pereira de Oliveira (bisavô do Mons. Liberato Dyonisio da Costa), de Jacintho Marques de Oliveira (bisavô do negociante Joaquim Felício de Oliveira Lima), de Manoel Marques de Oliveira (bisavô do Cel. Francisco Antônio de Oliveira, de Baturité), de José Francisco de Oliveira (bisavô de Mons. Luiz Gonzaga), e de João Marques de Oliveira (tataravô de Francisco das Chagas, de Pacatuba).

Fonte: DICIONÁRIO BIO-BIBLIOGRÁFICO CEARENSE (VOLUME PRIMEIRO) ABEL- JOÃO . Dr. Guilherme Studart (Barão de Studart) p. 242-243.

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