Emília Freitas (Dª)—Filha do Tenente-coronel Antônio José
de Freitas e de Dª Maria de Jesus Freitas, nasceu em Aracati a 15 de Janeiro de
1855, e em uma aula pública dessa cidade recebeu a instrução primária. Com a
morte do pai em 1869 na vila, à época cidade da União, hoje Jaguaruana,
retirou-se para Fortaleza entregando-se então ao estudo das línguas inglesa e
francesa e da geografia. Em 1885 frequentou a Escola Normal de Fortaleza.
Desde dezembro de 1892 Emília Freitas,
acompanhando um irmão, Alfredo Freitas, transferiu a residência para Manaus,
capital do florescente Estado do Amazonas e aí exerceu o cargo de professora do
Instituto Benjamin Constant, estabelecimento que funciona às expensas do
governo estadual e que é destinado à instrução primária e secundária de
meninos, até 1900, quando voltou ao Ceará acompanhando seu marido, o jornalista
Arthunio Vieira, que foi redator do Jornal de Fortaleza. Voltando de novo a
Manaus, aí faleceu a 18 de agosto de 1908.
Colaborou a contar de 1873 em vários jornais
da antiga província, como o Libertador, Cearense, O Lyrio, A Brisa, sendo os
dois últimos exclusivamente literários, e no Amazonas Commercial e Revelação,
do Pará.
Muitas de suas poesias esparsas pelas
colunas dos citados jornais, e outras foram por ela colecionadas num volume, a
que deu o titulo Canções do lar, Fortaleza, Typ. Universal, Rua Formosa 38,
Cunha, Ferro & Cª, 1891, 310 pp., com uma introdução sob o título Aos
censores.
Em 1899 publicou A Rainha do Ignoto
(romance psicológico), in 8º de 456 pp., saído da mesma typografia. É de sua pena
também o romance O Renegado.
Dª Emilia Freitas era bisneta de
Damião Pereira de Oliveira, que foi casado com Dª Maria Magdalena Ferreira de
Mello, filha de Antônio Ferreira de Mello, de Goyanna, e de Dª Isabel da Rocha
Maciel, e neta paterna de Raphael Ferreira de Mello e de Dª Maria Maciel e
materna de Manoel Duarte da Cruz e de Dª Isabel da Rocha Maciel, portugueses.
Damião Pereira foi irmão de Cláudio
Pereira de Oliveira (bisavô de Mons. Bruno de Figueredo), de Vicente Pereira de
Oliveira (bisavô do Mons. Liberato Dyonisio da Costa), de Jacintho Marques de
Oliveira (bisavô do negociante Joaquim Felício de Oliveira Lima), de Manoel Marques
de Oliveira (bisavô do Cel. Francisco Antônio de Oliveira, de Baturité), de José
Francisco de Oliveira (bisavô de Mons. Luiz Gonzaga), e de João Marques de
Oliveira (tataravô de Francisco das Chagas, de Pacatuba).
Fonte: DICIONÁRIO BIO-BIBLIOGRÁFICO CEARENSE (VOLUME PRIMEIRO) ABEL- JOÃO . Dr. Guilherme Studart (Barão de Studart) p.
242-243.
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